Na manhã desta terça (14), foram dados passos importantes na negociação para a criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) na Universidade Federal do Pará. O centro estará associado ao Programa de Pós-Graduação em Física da UFPA e será pioneiro na Amazônia no estudo de materiais avançados, nanociência e nanotecnologia.

Estiveram presentes ao encontro o senador Flexa Ribeiro, membro da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado; o reitor Carlos Maneschy; o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESP), Emmanuel Tourinho; o diretor do CBPF, Fernando Lázaro Freire Jr.;  o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Física da UFPA, Luís Carlos Crispino; o subsecretário de coordenação de Unidades de Pesquisa do Ministério de Ciência e Tecnologia, Arquimedes Ciloni; além do diretor-presidente da Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa (FAPESPA), Mário Ribeiro; do representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pará (SECTI), Geraldo Narciso; e da professora. Ângela Burlamaqui Klautau,  coordenadora do Programa de Cooperação Acadêmica PROCAD/CAPES.

Parceria – Durante a reunião, o reitor afirmou ser este um momento importante para a Universidade e disse que a parceria com o CBPF é fundamental para a concretização deste projeto. “A UFPA ganha com este núcleo, e a Região Amazônica também ganha, como um todo, com um centro de pesquisa deste porte. Esta reunião é importante para conversarmos sobre encaminhamentos importantes para esta conquista,   com o Ministério”, nas palavras de Carlos Maneschy.

Ainda sobre captação de recursos, o senador Flexa Ribeiro assumiu o compromisso de buscar o apoio da bancada paraense no Congresso Nacional, para conseguir os recursos financeiros necessários para a instalação do Núcleo, a partir de 2013. “Nós já temos conseguido vitórias importantes para a Universidade, e este pleito, certamente, será recebido positivamente pela bancada do Estado.”

Amazônia – Na reunião, foram discutidos, ainda, pontos como o desenvolvimento regional, no campo da ciência e tecnologia, bem como as articulações necessárias para a captação de recursos, perante o governo federal. Este processo é importante, para a valorização do Norte como campo de pesquisas brasileiro e internacional. “Essa é a hora de inserirmos a Amazônia de vez no cenário da ciência e tecnologia do mundo”, afirma Emmanuel Tourinho.

Segundo Luiz Carlos Crispino, a presença do CBPF é importante para a Física da UFPA, no sentido de qualificar a pós-graduação: “A UFPA está no terceiro ano do seu Doutorado em Física, o primeiro e único da Região Norte. Então, nós vamos contar com a parceria do CBPF, por meio deste núcleo, para desenvolver, cada vez com mais excelência, a nossa pós-graduação, especificamente na parte da Física Experimental, o que é, na minha opinião, uma grande contribuição à Física na Amazônia.”

Implantação – Depois de, aproximadamente, três anos de luta pela instalação do Núcleo do CBPF na UFPA, Crispino se diz satisfeito com os rumos da negociação e afirma estar próxima à implantação. “Cada vez mais, nos aproximamos do nosso objetivo, e eu acredito que este desejo será concretizado ainda em 2012.”

Para o CBPF, o Núcleo da UFPA representa a consolidação como instituto nacional, em uma região estratégica para o Brasil. “O nosso foco de pesquisas na região é a questão de ser área de fronteiras, a nanotecnologia e o estudo de materiais, como problemas de corrosão, que poderão ser abordados por meio de instrumentos de ponta”, finaliza o diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas em Física, Fernando Lázaro.

Texto: Gustavo Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Fotos: Laís Teixeira